Informação sobre o último encontro do Sporting Clube de Guadalupe

Os visitantes povoaram imenso o meio-campo e deixaram o irrequieto Flávio Silva sozinho na dianteira, na tentativa de surpreenderem os locais com um rápido contra-ataque. Quando a equipa forasteira subia em bloco, Flávio recebia apoio de José Silva e Emanuel nas alas. Contudo, o futebol da equipa graciosense era demasiado previsível, e quase todas as jogadas de perigo nasciam mais da distracção dos jogadores locais do que por mérito da turma visitante.Com Valério e Jardel bem apoiados por Joca, os anfitriões criaram oportunidades de sobra para chegarem ao intervalo com vantagem no marcador. Porém, Valério não esteve nos seus dias, e falhou lances que não costuma enjeitar. Cada vez que os locais punham o pé no acelerador criavam perigo na área contrária. O problema é que raramente aumentavam o ritmo de jogo, o que o tornava monótono. Apesar do ruidoso apoio vindo das bancadas, o Vilanovense abusava dos lançamentos para a velocidade de Valério que esteve muito vigiado por Picanço e Fernando Melo (este jogou mais nas sobras do que na marcação individual). O Sporting Guadalupe povoava imenso a zona defensiva, e raramente saía para o ataque, e quando o fazia era sempre da mesma forma solicitando a rapidez de Flávio.Após o intervalo os visitantes pareciam querer mudar o rumo dos acontecimentos com um futebol mais apoiado. Todavia, foi sol de pouca dura, pois o ritmo pastoso da primeira parte acabou por imperar novamente. Valério voltou a desperdiçar uma boa ocasião de golo quando preferiu o contacto com o defesa, em detrimento do remate de primeira; e minutos depois os locais adiantaram-se no marcador, na sequência de uma grande penalidade cobrada por Azevedo.O golo em vez de espevitar a turma da casa, teve o efeito inverso, e mesmo a jogar com dez homens (por expulsão de Pedro Silva), o Guadalupe quase empatava, num remate muito perigoso de Emanuel, após jogada bem urdida do mesmo.O encontro, a partir do primeiro golo, decresceu imenso de qualidade, com muitas bolas pelo ar, e muito apelo ao contacto físico, o que provocou muitas interrupções. A entrada de Capucho fez com que os visitados melhorassem ligeiramente a qualidade de jogo até ao seu desfecho.A cinco minutos do final, e também após excelente jogada individual, Filipe carimbou o triunfo dos terceirenses. Resultado justo, num prélio que esteve longe de ser emotivo.A arbitragem teve uma segunda parte para esquecer. Pedro Silva viu o primeiro amarelo por uma falta normal sobre Valério e acabou expulso ao ver a segunda cartolina da mesma cor. Se o árbitro seguisse o mesmo critério, Valério teria visto também o segundo amarelo por simulação de uma falta à entrada da área. O penalty sobre Filipe é duvidoso, pese embora a floresta de pernas à sua volta. O segundo golo, sem tirar mérito à bela jogada, foi claramente antecedido de falta, pois Filipe ajeitou o esférico com o braço esquerdo antes de arrancar para a baliza. Ficha técnicaÁrbitro: Paulo Melo (AF Angra do Heroísmo). Auxiliares: Luís Borges e João Soares. Vilanovense: Telmo; Branco (Capucho, 76), Márcio, Semedo (Filipe, 20) e Narciso; Joca, Azevedo, Moreira e Tequila; Valério e Jardel.Treinador: Álvaro Pereira. Guadalupe: Artur; Melo, Picanço, Pedro Silva e Jorge (Tércio 77); Cabrita (Simas, 60), Kevin, Hugo Espínola e Emanuel; José Silva e Flávio.Treinador: Fernando Bettencourt. Ao intervalo: 0-0.Marcadores: Azevedo (58 gp) e Filipe (86).
Carlos do Carmo

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